A charge abaixo demonstra com clareza que na verdade este
movimento tem sim um líder, que a maioria nega.
Quem lidera este movimento, não é uma pessoa, não é um grupo
mas, sim um pensamento, o pensamento de esquerda, a ideologia do
pensamento de estatização total.
Ou seja, a massa esta indo para as ruas pedindo comunismo.
O que grita a massa, o que pede a turba indignada? Abaixo uma
seleção retirada de alguns sites e blogs.
“Nós criaremos um estado de
emergência nas ruas que corresponda à nossa emergência interior.
A luta não é contra o sistema.
Lutamos para nos inserirmos num sistema que nos excluiu. Não queremos o nosso dinheiro
subsidiando empresas de transporte.
Nós queremos o fim do lucro criminoso e
ultrajante!
Nós não queremos mais consumo e
mais crédito! Nós não queremos mais índices e pesquisas mentirosas! Nós
abandonaremos a nossa revolução se vocês revolucionarem a saúde e a educação
brasileiras.
O governo de São Paulo queria
saber com quem negociar.
O governo do Rio de Janeiro quer saber com quem
negociar. Não há liderança e, se houver, ela não representa ninguém senão a si
mesma.
Quebrar e depredar é uma atitude
válida quando é política, direcionada, com manifesto e não quebra-quebra
aleatório.
Você acha que o banco te explora quando pega o extrato?
Quebre o
banco e piche: “Parem de me explorar, safados!”.
Hora veja que o pensamento que
guia estas é o supra sumo da ideologia esquerdista, marxista que só acredita na
solução via mais governo.
E é exatamente o que a toda a turba esta pedindo nas
ruas, mais intervenção governamental.
Abaixo um
artigo de Rodrigo Constantino o qual para deixar ainda mais
claro, vou acrescentar alguma fotos das ultimas manifestações.
E no final a palavra de Olavo de Carvalho.
E no final a palavra de Olavo de Carvalho.
Leia e faça a sua reflexão .
BRINCANDO DE REVOLUÇÃO
Por Rodrigo Constantino
“A raiva e o delírio destroem em uma
hora mais coisas do que a prudência, o conselho, a previsão não poderiam
construir em um século.” (Edmund Burke)
Não vou sucumbir à pressão das massas. É claro que
eu posso estar enganado em minha análise cética sobre as manifestações, mas se
eu mudar de idéia – o que não só não ocorreu ainda, como parece mais improvável
agora – será por reflexões serenas na calma de minha mente, e não pelo
“linchamento” das redes sociais.
Ao contrário de muitos, eu não vejo nada de “lindo”
em cem mil pessoas se aglomerando nas ruas. Tal imagem me remete aos delicados
anos 60, que foram resumidos por Roberto Campos da seguinte forma: “É sumamente
melancólico - porém não irrealista - admitir-se que no albor dos anos 60 este
grande país não tinha senão duas miseráveis opções: ‘anos de chumbo’ ou ‘rios
de sangue’...”
Eu confesso aos leitores: tenho medo da turba!
Eu tenho medo de qualquer movimento de massas, pois
massas perdem facilmente o controle. Em clima de revolta difusa, sem demandas
específicas (ao contrário de “Fora Collor” ou “Diretas Já”), o ambiente é
fértil para aventureiros de plantão. Um Mussolini – ou um juiz de toga preta
salvador da Pátria – pode surgir para ser coroado imperador pelas massas.
Alguns celebram a ausência de liderança, se é mesmo
esse o caso. Cuidado com aquilo que desejam: sem lideranças, há um vácuo que
logo será preenchido. As massas vão como bóias à deriva. E sem rumo definido,
não chegaremos a lugar algum desejado. Disse Gustave Le Bon sobre a psicologia
das massas:
Uma massa é como um selvagem; não está preparada
para admitir que algo possa ficar entre seu desejo e a realização deste desejo.
Ela forma um único ser e fica sujeita à lei de unidade mental das massas. No
caso de tudo pertencer ao campo dos sentimentos, o mais eminente dos homens
dificilmente supera o padrão dos indivíduos mais ordinários. Eles não podem
nunca realizar atos que demandem elevado grau de inteligência. Em massas, é a
estupidez, não a inteligência, que é acumulada. O sentimento de responsabilidade
que sempre controla os indivíduos desaparece completamente. Todo sentimento e
ato são contagiosos. O homem desce diversos degraus na escada da civilização.
Isoladamente, ele pode ser um indivíduo; na massa, ele é um bárbaro, isto é,
uma criatura agindo por instinto.
Muito me comove a esperança de alguns liberais que
pensam que o povo despertou e que será possível guiá-lo na direção do
liberalismo. Não vejo isso nos protestos, nas declarações, nos gritos de
revolta. Vejo uma gente indignada – e cheia de razão para tanto – mas sem
compreender as causas disso, sem saber os remédios para nossos males. Que tipo
de proposta decente e viável pode resultar disso?
Estamos lidando aqui com a especialidade número um
das esquerdas radicais, que é incitar as massas. Assim como a década de 60 no
Brasil, tivemos o famoso e lamentável Maio de 68 na França, quando apenas
Raymond Aron e mais meia dúzia de seres pensantes temiam os efeitos daquela
febre juvenil. A Revolução Francesa, a Revolução Bolchevique, é muito raro sair
algo bom desse tipo de movimento de massas. Os instintos mais primitivos tomam
conta da festa. Por isso acho importante resgatar alguns alertas de Edmund
Burke em suasReflexões sobre a Revolução em França, a precursora desses
movimentos descontrolados.
Não ignoro nem os erros, nem os defeitos do governo
que foi deposto na França e nem a minha natureza nem a política me levam a
fazer um inventário daquilo que é um objeto natural e justo de censura. [...]
Será verdadeiro, entretanto, que o governo da França estava em uma situação que
não era possível fazer-se nenhuma reforma, a tal ponto que se tornou necessário
destruir imediatamente todo o edifício e fazer tábua rasa do passado, pondo no
seu lugar uma construção teórica nunca antes experimentada?
Não se curaria o mal se fosse decidido que não
haveria mais nem monarcas, nem ministros de Estado, nem sacerdotes, nem
intérpretes da lei, nem oficiais-generais, nem assembléias gerais.
Os nomes podem ser mudados, mas a essência ficará
sob uma forma ou outra. Não importa em que mãos ela esteja ou sob qual forma
ela é denominada, mas haverá sempre na sociedade uma certa proporção de
autoridade. Os homens sábios aplicarão seus remédios aos vícios e não aos
nomes, às causas permanentes do mal e não aos organismos efêmeros por meios dos
quais elas agem ou às formas passageiras que adotam.
Se chegam à conclusão de que os velhos governos
estão falidos, usados e sem recursos e que não têm mais vigor para desempenhar
seus desígnios, eles procuram aqueles que têm mais energia, e essa energia não
virá de recursos novos, mas do desprezo pela justiça.
As revoluções são favoráveis aos confiscos, e é
impossível saber sob que nomes odiosos os próximos confiscos serão autorizados.
A sabedoria não é o censor mais severo da loucura.
São as loucuras rivais que fazem as mais terríveis guerras e retiram das suas
vantagens as conseqüências mais cruéis todas as vezes que elas conseguem levar
o vulgar sem moderação a tomar partido nas suas brigas.
São importantes alertas feitos pelo “pai” do
conservadorismo. Ele estava certo quanto aos rumos daquela revolução, que foi
alimentada pela revolta difusa, pela inveja, pelo ódio. Oportunistas ou
fanáticos messiânicos se apropriaram do movimento e começaram a degolar todo
mundo em volta. Se a revolução é contra “tudo que está aí”, então quem é contra
ela é a favor de “tudo que está aí”.
Cria-se um
clima de vingança, revanchismo, que é sempre muito perigoso.
As partes íntimas da rainha morta foram espalhadas
pelos locais públicos, eis a imagem que fica de uma turba ensandecida.
O PT tem alimentado há décadas um racha na
sociedade brasileira. Desde os tempos de oposição, e depois enquanto governo
(mas sempre no palanque dos demagogos e agitadores das massas), a esquerda
soube apenas espalhar ódio entre diferentes grupos, segregar indivíduos com
base em abstrações coletivistas, jogar uns contra os outros. Temos agora uma
sociedade indignada, mas sem saber direito para onde apontar suas armas.
Cansada da política, dos partidos, do Congresso,
dos abusos do poder, as pessoas saem às ruas com a sensação de que é preciso
“fazer algo”, mas não sabe ao certo o que ou como fazer.
E isso porque o cenário econômico começou a
piorar. Imagina quando a bolha de crédito fomentada pelo governo estourar, ou
se a China embicar de vez. Imagina se nossa taxa de desemprego começar a subir
aceleradamente. É um cenário assustador.
Alguns pensam que nada pode ser pior do que o PT, e
eu quase concordo. Mas pode sim! Pode ter um PSOL messiânico, um
personalismo de algum salvador da Pátria, uma junta militar tendo que reagir e
assumir o poder para controlar a situação. Não desejamos nada disso! Temos que
retirar o PT do poder pelas vias legais, pelas urnas, respeitando-se a ordem
social e o estado de direito.
O desafio homérico de todos que não deixaram as
emoções tomarem conta da razão é justamente canalizar essa revolta para algo
construtivo. Mas como? Como dialogar com argumentos quando cem mil tomam as
ruas e sofrem o contágio da psicologia das massas? Alguém já tentou conversar
com uma torcida revoltada em um estádio de futebol? Boa sorte!
Por ser cético quanto a essa possibilidade, eu
tenho mantido minha cautela e afastamento dessas manifestações. Muita gente
acha que o Brasil, terra do pacato cidadão que só quer saber de carnaval,
novela e futebol, precisa até mesmo de uma guerra civil para acordar. Temo que
não gostem nada do gigante que vai despertar. Ele pode fazer com que essa gente
morra de saudades do "homem cordial".
Não se brinca impunemente de revolução.
Pensem nisso, enquanto há tempo.
Em
sua página no Facebook, o jornalista e escritor Olavo de Carvalho em poucas
palavras foi diretamente ao ponto no que diz respeito às origens e os objetivos
da baderna que se instalou no Brasil:
“Do ponto de vista dos organizadores e líderes, o sentido do movimento é claro: acabou a fase de transição, de conchavos e acomodações; agora é o socialismo para valer e foda-se a primeira leva de revolucionários que nos conduziu até aqui. Para os participantes, exceto os bem treinados, que sabem a quem obedecem, o negócio pode significar o que bem desejem.
Nunca imaginei que a inteligência da massa universitária pudesse descer tão baixo. No Occupy Wall Street você não encontrará um único baderneiro que imagine estar participando de um movimento “apolítico”, que ignore tratar-se de iniciativa da esquerda radical. No Brasil, cada um atribui ao movimento como um todo a vontade pessoal que o anima por dentro. Porque o sujeito não se sente comunista, e participa do movimento, ele conclui que o movimento não é comunista. Parece impossível explicar a essas criaturas que um movimento político não é a confluência fortuita de emoções íntimas que, por casualidade, estavam na mesma praça na mesma hora. Nunca a expressão “massa de manobra” foi mais oportuna e exata”.
“Do ponto de vista dos organizadores e líderes, o sentido do movimento é claro: acabou a fase de transição, de conchavos e acomodações; agora é o socialismo para valer e foda-se a primeira leva de revolucionários que nos conduziu até aqui. Para os participantes, exceto os bem treinados, que sabem a quem obedecem, o negócio pode significar o que bem desejem.
Nunca imaginei que a inteligência da massa universitária pudesse descer tão baixo. No Occupy Wall Street você não encontrará um único baderneiro que imagine estar participando de um movimento “apolítico”, que ignore tratar-se de iniciativa da esquerda radical. No Brasil, cada um atribui ao movimento como um todo a vontade pessoal que o anima por dentro. Porque o sujeito não se sente comunista, e participa do movimento, ele conclui que o movimento não é comunista. Parece impossível explicar a essas criaturas que um movimento político não é a confluência fortuita de emoções íntimas que, por casualidade, estavam na mesma praça na mesma hora. Nunca a expressão “massa de manobra” foi mais oportuna e exata”.
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