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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Governo conflito e discriminação





Governo e conflito(TITULO ORIGINAL)
Diferenças humanas como raça, etnia, religião e língua sempre foram fontes de conflito. Apesar dos argumentos que tentam minimizar a importância dessas diferenças, as pessoas ainda exibem preferências nessas áreas quando escolhem um cônjuge, amigo, parceiro de negócios, empregado, vizinho e outras associações. As pessoas não se relacionam aleatoriamente. Esforços para negar tal comportamento em nome do politicamente correto são imprudentes.

Muito mais digno dos nossos esforços é o reconhecimento, não necessariamente a sanção, do comportamento associativo como algo natural. Devemos nos perguntar: como minimizar a probabilidade de determinadas preferências produzirem conflito?

O mercado do casamento
Observar como funciona o casamento pode nos fornecer uma nova percepção dentro da nossa discussão. Como muitas outras transações, o casamento é um relacionamento contratual no qual bens e serviços são trocados sob termos mutuamente acordados. A maioria das pessoas tende a buscar parceiros similares a elas no que se refere à raça, etnia, religião, língua e posição socioeconômica. Pode ser tentador considerar triviais as escolhas matrimoniais, mas dado o seu impacto na sociedade, isso é completamente errôneo.

Pessoas com alto grau de escolaridade tendem a se casar com pessoas que também possuem alto grau de escolaridade. Pessoas de alta renda (ou aquelas com perspectivas de alcançarem altas rendas) tendem a se casar com pessoas de alta renda. Apenas esses dois aspectos da escolha criam uma distribuição de renda mais desigual do que se pessoas de alta renda e alto grau de escolaridade escolhessem seus opostos como parceiros. Portanto, a escolha do cônjuge tem um importante impacto na sociedade.

Apesar do uso generalizado de raça, etnia, religião e outras características como critérios para a seleção de parceiros, existe pouco conflito ou controvérsia no que diz respeito ao assunto. Dá-se tão pouca importância a isso que as pessoas dificilmente pensam no contrato de casamento como uma atividade com raízes na escolha discriminatória. Além disso, se fossem chamadas à atenção para os aspectos discriminatórios do casamento, provavelmente a resposta delas seria: “E daí?”.

Supõe-se que a escolha de um cônjuge causa poucos problemas por ser voluntária. Além de sancionar o contrato após ter sido firmado, o governo desempenha apenas um papel trivial a não ser que haja uma disputa. Curiosamente, apenas notamos conflitos no mercado do casamento quando as pessoas utilizam uma instituição governamental ou similar, como a igreja, para imporem restrições de acordo com raça, etnia, posição socioeconômica ou religião.

Preferências diferentes, não conflito
A liberdade de escolha existe em todo lugar. Assim como as pessoas têm preferências claras no que concerne a raça, etnia e religião, elas têm fortes preferências no que diz respeito a bens e serviços. Algumas pessoas preferem Cadillacs enquanto outras preferem Volvos. Apesar dessas diferenças, raramente vemos conflitos entre os dois grupos. As pessoas simplesmente compram os carros que preferem.

Na verdade, o livre mercado é ótimo para equiparar os indivíduos; atributos pessoais têm menos importância. Quando uma pessoa compra um Cadillac ou um Volvo, a sua menor preocupação é a raça, etnia ou religião dos trabalhadores que produziram o carro. É provável que a maior preocupação da pessoa seja se ela tem o carro de maior qualidade pelo menor preço possível.

Quando o governo aloca os recursos, aumenta o potencial de preferências gerarem conflitos. A educação é um bem tipicamente financiado e produzido pelo governo, e como tal, tem sido um foco considerável de conflito. Alguns pais preferem que seus filhos participem de uma oração matinal na escola. Outros pais preferem o oposto. Mas ambas as preferências parecem ser exercícios legítimos de prerrogativas parentais.

O problema surge porque quando as escolas são públicas, elas ou terão orações ou não terão. Os pais que preferem as orações matinais devem entrar em conflito político com aqueles que discordam deles. Há muito em jogo. Os pais que perderem a batalha terão que deixar seus filhos em escolas que não aprovam. A alternativa é então arcar com os gastos em uma escola privada, ao mesmo tempo que se é forçado a pagar impostos que sustentam escolas públicas das quais não se faz uso.

Se a educação é financiada com dinheiro público, uma forma de reduzir o conflito é fazer com que ela seja financiada com recursos privados. Cada pai ou mãe poderia receber um voucher equivalente ao gasto per capita em educação. Os pais que desejassem que seus filhos tivessem uma oração matinal poderiam simplesmente matriculá-los em determinada escola e os pais que preferissem de outra maneira matriculariam seus filhos em uma escola apropriada. Haveria pouco espaço para conflitos referentes à educação entre os dois grupos de pais. Ao invés de serem adversários, eles poderiam ser amigos.

A razão principal pela qual a alocação de recursos por parte do governo aumenta a possibilidade de conflitos é que a maioria das ações governamentais são jogos desiguais no qual o ganho de uma pessoa só pode ser alcançado através do sacrifício de outra. Pais que vencerem a batalha pelas orações na escolas se beneficiariam à custa daqueles que são contra, e vice versa. Por outro lado, com a provisão de bens e serviços do mercado nós temos um jogo onde todos saem ganhando.

Isso se aplica a qualquer bem ou serviço. Se a escolha entre Cadillac e Volvo fosse coletiva, testemunharíamos o mesmo tipo de conflito que se levanta a respeito da oração na escola. Ao invés de as pessoas com diferentes gostos a respeito de automóveis se darem bem e viverem em harmonia, aquelas com fortes preferências por Volvos teriam que se organizar juntamente com as de gosto similar contra aquelas com fortes preferências por Cadillacs.

Raça e etnia: o governo contra os mercados
Pessoas que tenham preferências de raça e etnia procurarão satisfazê-las. Elas o farão quer a alocação de recursos seja feita pelo mercado ou pelo governo. No entanto, existe uma diferença básica. Com a alocação governamental, parte dos custos para satisfazer certa preferência serão pagos pelo povo e não por aquele que fez a escolha. Quando a responsabilidade de satisfazer preferências cabe ao mercado, aquele que escolhe tende a arcar com a maior parte do custo.

Para simplificar, suponha que um trabalhador negro tem a mesma produtividade que um trabalhador branco, mas o trabalhador negro oferece os seus serviços por $5, enquanto o trabalhador branco exige $8. Se a decisão cabe a um burocrata do governo, a satisfação das suas preferências racistas tem custo, para ele, praticamente zero.

Quem paga impostos arca com os $8 ao invés de $5; o burocrata leva para casa o mesmo pagamento, quer discrimine ou não; satisfazendo suas preferências raciais sem qualquer custo.

Por outro lado, no setor privado, se um empresário paga $8 pelo trabalho que poderia ter sido feito por $5 por hora, isso significa menos $3 no final das contas. A pessoa que toma a decisão arca com o custo gerado pelas suas preferências raciais. A teoria básica da economia postula que quanto mais alto for o custo de se fazer algo, menos aquilo será feito. Portanto, esperamos que haja menos discriminação racial no setor privado do que no setor público.

Do mesmo modo, quando a atmosfera política muda para favorecer a discriminação em favor dos negros, esperamos ver isso acontecendo com mais frequência no setor público.
O fato da discriminação ter um custo explica por que aqueles que desejam discriminar normalmente buscam alguma forma de intervenção governamental. A intervenção faz com que a discriminação custe menos para aquele que descrimina do que custaria de outro modo. O ingrediente essencial da intervenção que faz com que a discriminação seja mais barata é a restrição da troca voluntária pacífica.

Walter Williams é professor honorário de economia da George Mason University e autor de sete livros.
Suas colunas semanais são publicadas em mais de 140 jornais americanos.

Artigo orginialmente publicado em The Freeman.







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