Pode algo ser gerado do nada?
Pode um aumento na demanda por bens de consumo levar a um aumento na produção total, em uma quantidade múltipla do aumento dessa demanda, como sugerem Keynes e Krugman? Se isso for possível, então a conclusão lógica é que algo útil pode ser gerado do nada.
Quando um padeiro aumenta sua demanda por bens e quer satisfazê-la, ele precisa ter os meios de pagamento (isto é, pães) com os quais irá pagar pelos bens e serviços que deseja. Por exemplo, o padeiro adquire cinco tomates pagando em troca oito pães que ele poupou. Da mesma forma, o sapateiro satisfaz sua demanda por dez tomates pagando em troca um par de sapatos que ele poupou. O cultivador de tomates satisfaz sua demanda por pães e sapatos com os quinze tomates que ele poupou.
Um aumento na oferta de bens de consumo permite um aumento na demanda por bens. Assim, quando o padeiro aumenta sua produção de bens, isso irá permitir que ele aumente sua demanda por outros bens. Nesse sentido, o aumento na produção e oferta de bens gera a demanda por bens. Vale enfatizar novamente que as pessoas produzem com o objetivo de poderem, com sua produção, demandar bens que irão sustentar sua vida e seu bem-estar.
O que permite a expansão na oferta de bens de consumo é o aumento na quantidade de bens de capital, de ferramentas e de maquinário. O que, por sua vez, permite o aumento da quantidade de ferramentas e maquinário é a poupança real. Podemos, assim, deduzir que o aumento no consumo deve estar em linha com o aumento na produção. Disso podemos deduzir que um aumento no consumo não pode fazer com que a produção aumente em um múltiplo desse aumento no consumo. Isso é algo que não faz sentido. O aumento na produção sempre vai estar rigorosamente de acordo com o que o conjunto da poupança real permite. Uma expansão da oferta monetária pode apenas rearranjar os fatores de produção (bens de capital, mão-de-obra etc.); ela não pode por si só aumentar a produção. A produção não pode se expandir sem o suporte da poupança real — isto é, algo não pode surgir do nada. Se uma expansão monetária "aumentou" a produção, é simplesmente porque havia poupança real disponível para tal.
Tudo isso, obviamente, significa que somente os geradores de riqueza podem desencadear uma expansão na riqueza real.
O governo não pode salvar a economia
Sempre que a capacidade de os geradores de riqueza produzirem poupança real é restringida, o crescimento econômico é prejudicado. E não há quantidade de dinheiro que o governo jogue na economia que possa fazê-la crescer. (Novamente, o governo não pode criar poupança real, ele pode apenas retirar a atual poupança real dos geradores de riqueza.)
Quando o processo de geração de riqueza está prejudicado e as políticas fiscais e monetárias se mostram ineficazes em "reativar" a economia — como ocorre atualmente nos EUA —, vários economistas keynesianos, como Krugman, se apressam em sugerir que as leis da economia devem ter mudado. Para eles, isso significa esquecer a análise lógica baseada nas leis essenciais da economia e começar a defender gastos maciços.
De acordo com Krugman,
Estamos em uma época atípica, em que a intuição comum não mais se aplica. Reativar a economia americana é a melhor coisa que podemos fazer, não apenas para o presente, mas também para o futuro e para nossos filhos.[4]
Se o conjunto da poupança real estiver solapado, adotar o conselho de Krugman — qual seja, implementar um maciço pacote de gastos governamentais — irá apenas piorar bastante a situação, e afundar a economia americana em uma depressão muito mais severa. Se o conjunto da poupança real ainda estiver sólido, então não há necessidade de pacotes de estímulos: a própria poupança irá reativar a economia.
Conclusão
Não obstante o maciço pacote de estímulos fiscais (US$ 800 bilhões) implementado no ano passado, a economia americana continua letárgica. Vários indicadores econômicos, após terem apresentado uma breve reação, já voltaram a apresentar um visível enfraquecimento. Muitos especialistas, inclusive o presidente Barack Obama, são partidários da ideia de que um pacote fiscal mais arrojado irá resolver a situação. Nossa análise, entretanto, indica que um estímulo fiscal não apenas não pode reativar a economia, como também irá piorá-la sobremaneira.
O elemento chave tanto para uma recuperação quanto para um crescimento econômico sustentável é a formação de poupança real. Essa formação pode ser feita apenas por geradores de riqueza, e não por gastos governamentais, os quais apenas debilitam o processo de formação de riqueza.
Continua aqui.
Milton Friedman - Redistribuição de riqueza
Pode um aumento na demanda por bens de consumo levar a um aumento na produção total, em uma quantidade múltipla do aumento dessa demanda, como sugerem Keynes e Krugman? Se isso for possível, então a conclusão lógica é que algo útil pode ser gerado do nada.
Quando um padeiro aumenta sua demanda por bens e quer satisfazê-la, ele precisa ter os meios de pagamento (isto é, pães) com os quais irá pagar pelos bens e serviços que deseja. Por exemplo, o padeiro adquire cinco tomates pagando em troca oito pães que ele poupou. Da mesma forma, o sapateiro satisfaz sua demanda por dez tomates pagando em troca um par de sapatos que ele poupou. O cultivador de tomates satisfaz sua demanda por pães e sapatos com os quinze tomates que ele poupou.
Um aumento na oferta de bens de consumo permite um aumento na demanda por bens. Assim, quando o padeiro aumenta sua produção de bens, isso irá permitir que ele aumente sua demanda por outros bens. Nesse sentido, o aumento na produção e oferta de bens gera a demanda por bens. Vale enfatizar novamente que as pessoas produzem com o objetivo de poderem, com sua produção, demandar bens que irão sustentar sua vida e seu bem-estar.
O que permite a expansão na oferta de bens de consumo é o aumento na quantidade de bens de capital, de ferramentas e de maquinário. O que, por sua vez, permite o aumento da quantidade de ferramentas e maquinário é a poupança real. Podemos, assim, deduzir que o aumento no consumo deve estar em linha com o aumento na produção. Disso podemos deduzir que um aumento no consumo não pode fazer com que a produção aumente em um múltiplo desse aumento no consumo. Isso é algo que não faz sentido. O aumento na produção sempre vai estar rigorosamente de acordo com o que o conjunto da poupança real permite. Uma expansão da oferta monetária pode apenas rearranjar os fatores de produção (bens de capital, mão-de-obra etc.); ela não pode por si só aumentar a produção. A produção não pode se expandir sem o suporte da poupança real — isto é, algo não pode surgir do nada. Se uma expansão monetária "aumentou" a produção, é simplesmente porque havia poupança real disponível para tal.
Tudo isso, obviamente, significa que somente os geradores de riqueza podem desencadear uma expansão na riqueza real.
O governo não pode salvar a economia
Sempre que a capacidade de os geradores de riqueza produzirem poupança real é restringida, o crescimento econômico é prejudicado. E não há quantidade de dinheiro que o governo jogue na economia que possa fazê-la crescer. (Novamente, o governo não pode criar poupança real, ele pode apenas retirar a atual poupança real dos geradores de riqueza.)
Quando o processo de geração de riqueza está prejudicado e as políticas fiscais e monetárias se mostram ineficazes em "reativar" a economia — como ocorre atualmente nos EUA —, vários economistas keynesianos, como Krugman, se apressam em sugerir que as leis da economia devem ter mudado. Para eles, isso significa esquecer a análise lógica baseada nas leis essenciais da economia e começar a defender gastos maciços.
De acordo com Krugman,
Estamos em uma época atípica, em que a intuição comum não mais se aplica. Reativar a economia americana é a melhor coisa que podemos fazer, não apenas para o presente, mas também para o futuro e para nossos filhos.[4]
Se o conjunto da poupança real estiver solapado, adotar o conselho de Krugman — qual seja, implementar um maciço pacote de gastos governamentais — irá apenas piorar bastante a situação, e afundar a economia americana em uma depressão muito mais severa. Se o conjunto da poupança real ainda estiver sólido, então não há necessidade de pacotes de estímulos: a própria poupança irá reativar a economia.
Conclusão
Não obstante o maciço pacote de estímulos fiscais (US$ 800 bilhões) implementado no ano passado, a economia americana continua letárgica. Vários indicadores econômicos, após terem apresentado uma breve reação, já voltaram a apresentar um visível enfraquecimento. Muitos especialistas, inclusive o presidente Barack Obama, são partidários da ideia de que um pacote fiscal mais arrojado irá resolver a situação. Nossa análise, entretanto, indica que um estímulo fiscal não apenas não pode reativar a economia, como também irá piorá-la sobremaneira.
O elemento chave tanto para uma recuperação quanto para um crescimento econômico sustentável é a formação de poupança real. Essa formação pode ser feita apenas por geradores de riqueza, e não por gastos governamentais, os quais apenas debilitam o processo de formação de riqueza.
Continua aqui.
Walter Williams - Egoísmo e as futuras gerações
O governo pode criar empregos? Muitas pessoas vem falado sobre "criar empregos" ultimamente, especialmente os políticos. Mas o governo é o melhor criador de trabalhos? E criar empregos é o melhor para economia? O professor Steve Horwitz explica a diferença entre criar trabalho e criar riqueza. Criar trabalho é relativamente fácil, mas a maior parte do progresso econômico é feito quando eliminamos trabalho que é desnecessário. Essa leva a um pouco de desemprego, mas as alternativas são piores. Para prevenir o desemprego transacional que as novas tecnologias geram, nós teríamos que a inovação, o crescimento e a redução da pobreza. TAGS:"keywords" content="O governo não pode salvar a economia, O governo não pode salvar a economia, O governo não pode salvar a economia, O governo não pode salvar a economia, O governo não pode salvar a economia, O governo não pode salvar a economia, O governo não pode salvar a economia
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