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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Petrobras: privatize já, e rápido

Um símbolo do nacionalismo imbecil começa a ruir. A petroleira estatal fundada no segundo governo do tiranete Getúlio Vargas, e que está (ou estava) sendo utilizada como plataforma de sucesso da atual gestão do governo federal desde o segundo mandato do presidente Lula, tem as suas ações em queda, descobertas de fraudes de compras de refinarias fora do país, queda do valor de mercado e recentemente, a saída do hall das cem maiores empresas do mundo. Vou tentar desvendar alguns motivos para a queda da estatal.

Vamos partir do princípio que a Petrobras é uma empresa estatal, que tem a sua administração baseada na burocracia, com isso se torna inchada e um paraíso dos concurseiros. Mas a Petrobras consegue piorar nesse sentido: tem várias empresas e autarquias dentro da empresa. Ou seja, mais burocracia dentro da burocracia. Dois exemplos de autarquias ligadas a administração central da empresa são a Transpetro, que realiza o transporte de petróleo e seus derivados por meio de oleodutos, gasodutos e navios e a BR Distribuidora, que realiza a comercialização dos produtos derivados do petróleo, como gasolina e gás natural em postos da rede Petrobras.

A Petrobras é uma das empresas públicas mais inchadas que existem. Atualmente a empresa tem em sua folha salarial cerca de 250 mil funcionários. Sendo que deveria, para ter a mínima funcionalidade, um quarto disso. Lembrando que empresa pública é praticamente um sinônimo de inchaço e de aparelhamento. Os equipamentos e a forma de administração são bastante defasados com relação as concorrentes, por isso a empresa ganhou uma alcunha negativa: Petrossauro. Sua péssima forma de administração apareceu recentemente na mídia com a compra da refinaria de Pasadena, no estado estadunidense do Texas.

(...)"Existem apenas quatro maneiras de você poder gastar seu dinheiro. Você pode gastá-lo com você mesmo. Quando você faz isso, e você pode realmente ver o que está fazendo com ele, você tenta usá-lo da melhor forma possível. Mas você pode gastar seu dinheiro com outra pessoa. Por exemplo, eu compro um presente de aniversário para alguém. Bem, eu não estou preocupado com a eficácia satisfatória do presente, mas estou atento quanto ao seu custo. Então, eu posso gastar o dinheiro alheio comigo mesmo. E se eu gasto o dinheiro alheio comigo mesmo, então eu tenho certeza de que terei um bom almoço! Finalmente, eu posso gastar o dinheiro de alguém com outro alguém. E se eu gasto o dinheiro de alguém com outro alguém, eu não me importo com o custo e não me importo com o que conseguirei satisfazer. E isso é o governo. E isso é cerca de 40% do PIB." (Milton Friedman)

A refinaria tinha sido comprada em 2005 pela empresa belga Astra Oil por US$ 42 milhões, e no ano seguinte, a Petrobras gastou US$ 360 milhões por apenas cinquenta por cento da refinaria. E em um segundo aporte, pela cláusula de Put Option, que é acionada quando um dos sócios está insatisfeito e em desacordo com o sócio, e estava contida no contrato entre a Astra Oil e a Petrobras, o grupo petroleiro belga entrou com ação judicial pedindo a ativação da cláusula, e fez com que a brasileira pagasse mais US$ 820 milhões pelo controle total da refinaria. A explicação dada pelo ex-presidente da empresa, José Sérgio Gabrielle e pela presidente Dilma Rousseff, que a época era presidente do conselho de administração da Petrobras, é a que a cláusula polêmica estava omitida no contrato com o grupo belga e que no valor total estavam incluídos encargos, a aquisição da capacidade de refino, custos judiciais e ao petróleo já refinado. Sendo que a refinaria é pequena, e mostra uma ponta de desvio do dinheiro da venda para os graúdos da Petrobras envolvidos na operação.

E todos nós, diretamente ou indiretamente custeamos os sucessos e fracassos da empresa por meio dos impostos que nós pagamos, por ser uma empresa pública. 
E em vez de controlar e puxar o freio diante de seguidos escândalos e quedas de ação da empresa, vê-se a empresa querer aumentar o número de funcionários e aumentar os custos de propaganda na mídia. Querendo mostrar uma maquiagem dizendo que a Petrobras está muito bem. Pasmem, é o inverso que acontece.

Isso só confirma uma verdade: o poder público não é um excelente administrador, exatamente o contrário, estipula barreiras, aumenta-se burocracias e quem paga os custos somos nós todos para manter essa estrutura.

A Petrobras tem de ser privatizada o mais rápido possível, mas como no Brasil a palavra privatização tornou-se uma palavra demoníaca, quando é ao contrário na verdade, isso demorará a ocorrer ou até mesmo não concorrer. 

Uma privatização salvaria a todos nós brasileiros de manter uma estrutura jurássica, manter uma folha de funcionários e um fundo de pensão muito elevado por meio dos impostos, já elevados demais e que cada vez mais aumentam mais e diminuem o poder de compra da população.

Não salvem a Petrobras com a privatização. Salve a população brasileira de um desastre que desencadeará uma crise maldita.

AUTOR: Jefferson Viana é estudante de História da Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. É coordenador local da EPL em sua faculdade.

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