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segunda-feira, 14 de maio de 2018

Porque sou Paleo libertário?

Porque sou Paleo libertário


TITULO ORIGINAL: 

O libertarianismo é anarquista e é possível ser cristão e libertário?  



Para um bom começo é necessário entender que o cristianismo é uma religião que está a despeito da anarquia, inumeros Papas, doutores da igreja se colocaram de lados diametrais ao anarquismo, como por exemplo o Papa Leão XIII e o doutor da Igreja São João Crisóstomo.

São Tomás de aquino escreve em seus Escritos políticos, no trecho Do reino ou do governo dos príncipes ao Rei de Chipre:
‘’Em todas as coisas que estão ordenadas a um fim, em que essa ou aquela via possa ser adotada, algum princípio diretor é necessário, por meio do qual o devido fim possa ser alcançado pelo caminho mais direto. 

Um navio, por exemplo, que se move em diferentes direções, de acordo com o impulso variante dos ventos, não alcançaria nunca seu destino se não fosse levado ao porto pela atividade do piloto. Ora, o homem tem um fim para o qual sua vida inteira e todas as suas ações estão ordenadas; porquanto o homem age pelo intelecto, e é claramente próprio de um agente inteligente operar em vista de um fim. Acontece, porém, que os homens agem de modos diversos em vista do fim, o que a própria diversidade dos esforços e ações humanos patenteia. Consequentemente, o homem precisa de algum princípio diretor que o guie para sua finalidade.
Sem dúvida, todo homem tem, por natureza, a luz da razão, que o dirige, nos seus atos, ao seu fim. Se conviesse ao homem viver separadamente, como muitos animais, não precisaria de quem o dirigisse para o fim. 

Cada homem seria rei para si mesmo sob o supremo rei, Deus, uma vez que, pela luz da razão, dada do alto, dirigiria a si mesmo nos seus atos. Contudo, o homem é, por natureza, animal sociável e político, destinado a viver em grupo.
Essa é claramente uma necessidade da natureza do homem. Realmente, para os outros animais a natureza preparou o alimento, a vestimenta dos pelos, a defesa, tal como os dentes, os chifres, as unhas ou, pelo menos, a velocidade para a fuga. 

O homem, porém, foi criado sem nenhuma dessas provisões da natureza, e, em lugar de tudo, coube-lhe a razão, pela qual pudesse granjear, por meio de suas próprias mãos, todas essas coisas. Contudo, um homem sozinho é insuficiente para garantir a si mesmo tudo isso, uma vez que o homem, sem assistência, não poderia levar a vida suficientemente por si. Logo, é natural ao homem viver na sociedade de muitos.
Ademais: têm os outros animais inato o discernimento natural do que lhes é útil ou nocivo, como a ovelha vê, naturalmente, no lobo, um inimigo. Há, até, certos animais que, por aptidão natural, conhecem ervas medicinais e outras coisas necessárias à vida deles. 

O homem, no entanto, só de forma geral tem o conhecimento natural das coisas que são necessárias à sua vida, na medida em que ele é capaz de adquirir conhecimento das coisas necessárias para a vida humana raciocinando a partir dos princípios naturais. Para o homem, porém, não é possível individualmente alcançar todas as coisas pela razão. Por isso é necessário ao homem viver em multidão, para que um seja ajudado pelos outros e cada um faça descobertas em campos diferentes — por exemplo, um na medicina, outro nisto, aquele outro em outra coisa.

Isso patenteia-se com muita evidência no fato de ser próprio do homem usar da linguagem, pela qual pode exprimir totalmente a outrem as suas concepções, enquanto os outros animais expressam apenas de forma geral as suas paixões, como o cão a ira pelo latido, e os demais animais de diversos modos. É, pois, o homem mais comunicativo que qualquer outro animal gregário, como o grou, a formiga e a abelha. Considerando isso, diz Salomão em Eclesiastes: “Melhor é ser dois juntos do que um, por terem o proveito da mútua sociedade” (4,9).
Logo, se é natural ao homem viver em sociedade de muitos, é necessário que haja, entre os homens, meios pelos quais o agrupamento seja governado. Se houvesse muitos homens e cada um cuidasse apenas do próprio interesse, dispersar-se-ia a multidão, quebrando-se, a menos que houvesse um responsável por cuidar do que pertence à comunidade. Da mesma maneira, corromper-se-ia o corpo de um homem ou de qualquer animal, se não existisse alguma potência reguladora comum, visando ao bem comum de todos os membros. Considerando isso, diz Salomão: “Onde não há governante, dissipar-se-á o povo” (Pv 11, 14).

Por certo, isso é razoável, pois não são idênticos o próprio e o comum. O que é próprio divide, e o comum une. A diversidade de efeitos é devida por causas diversas. Assim, importa existir, além do que move ao bem particular de cada um, o que mova ao bem comum de muitos. Pelo que, nas coisas que estão direcionadas a único fim, uma coisa é destinada a regular as demais. E, no mundo dos corpos, o primeiro corpo, isto é, o celeste, dirige os demais, por certa ordem da divina providência, e todos os corpos são regidos pela criatura racional. Igualmente, no homem, a alma rege o corpo, e, entre as partes da alma, o irascível e o concupiscível são dirigidos pela razão. Também, entre os membros do corpo, um é o principal, que move todos, como o coração e a cabeça. Cumpre, por conseguinte, que, em toda multidão, haja um poder governante”
- Nas Página 126 à 128 -


Mas outra pergunta, mesmo que não seja feita deve ser sanada, o libertarianismo é anarquista? Partindo de uma visão analítica e Rothbardiana, creio que não.
A palavra anarquia vem do grego anarkhos que significa ‘sem governante’, seria a negação de qualquer governo, autoridade ou dominio, já diametral a isso o libertarianismo aceita a autoridade de quem praticou homestead (apropriou-se originalmente), isso é endossado pelo filosofo liberal John Locke em Two treatises of government, mas também por escritores (Filosofos e econômistas) como Rothbard em ‘Applications and criticism from the Austrian school’, por Anthony de Jasay em ‘Against politics: on government, anarchy, and order’ e mas recentemente na obra The Economics and Ethics of Private Property de Hans-Hermann Hoppe.

Além disso se você recebeu por doação ou troca voluntaria um bem escasso, você é legitimante seu proprietario, nesse sentido o libertarianismo é anti-anarquista e em certo sentido apoia o que Jouvenel denominou de elites naturais, sendo apenas uma confusão de termos o nome anarco-capitalismo, já que Rothbard escreve:
Devemos então concluir que a pergunta “os libertários são anarquistas?” simplesmente não pode ser respondida em bases etimológicas. A imprecisão do termo é tal que o sistema libertário seria considerado anarquista por algumas pessoas e anarquista por outras. 

Por isso, devemos recorrer à história em busca de iluminação; e aí descobriremos que nenhum dos declarados grupos anarquistas corresponde a uma posição libertária, e que mesmo os melhores deles têm elementos irrealistas e socialistas em suas doutrinas. Além disso, descobriremos que todos os atuais anarquistas são coletivistas irracionais, estando portanto em pólos opostos aos nossos. 
Assim, devemos concluir que nós não somos anarquistas, e que aqueles que nos chamam de anarquistas não se baseiam em uma etimologia séria, e estão historicamente errados. Por outro lado, fica claro que também não somos arquistas: não defendemos a criação de uma autoridade central tirânica que irá coagir tanto os não-agressores como os agressores.

Sendo assim possivel um libertarianismo teologico como o defendido e proposto por James Sadowsky, Jörg Guido Hülsmann, Jesús Huerta de Soto, Miguel Anxo Bastos, Thomas Woods e Frank van Dun.

Mas o cristianismo é contrario ao libertárianismo, me parece que não, já que uma sociedade de leis privadas para ser possivel necessita ser moralmente conservadora e está com os pés firmes em uma religião que permita a defesa do individuo, da familia e propriedade privada, uma religião que não seja contra o capitalismo, essa religião é a CRISTÃ.

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AUTOR: José Ribas Doran Mëndi Netto
Um estudante de Filosofia, apaixonado por Ciências política e Economia. Apenas um Judeu convertido ao Catolicismo, com um viés Conservador e Libertarianista.

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