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terça-feira, 19 de abril de 2016

Quem acusou Ustra de 'tortura' foi uma deputada do PT

 Não é fácil uma abordagem consistente e objetiva sobre o tema “tortura",  principalmente se a emoção prevalecer sobre a razão e se estiver presente não apenas o confronto ideológico, alimentado pelo ressentimento dos derrotados, mas o pagamento de indenizações custeadas pelos cofres públicos, com recursos pagos pelos contribuintes que não se manifestam com veemência e indignação.

Farei algumas considerações sobre tão relevante tema, utilizando um pouco da história de duas ex-militantes de organizações terroristas, de cunho marxista-leninista, que optaram pela luta armada como instrumento para a tomada do poder. Embora fossem responsáveis pela execução de missões simples e burocráticas e trabalhos teóricos, uma delas  participou, desde 1967, do planejamento de ações realizadas em Belo Horizonte, no Rio de Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), até sua prisão no início de 1970.

A primeira, Bete Mendes (Elizabeth Mendes de Oliveira) -”Rosa”, já na época -1969- "artista de televisão", se integrou à organização terrorista Vanguarda Armada Revolucionária (VAR) – Palmares. Foi presa em 29/Set/1970 pelo DOI/II Ex. Companheiros da “Rosa”, outros sete jovens, também foram presos nessa mesma data.


Esses oito jovens, todos com idade até 21 anos, participaram de um programa de televisão juntamente com os seus pais, a quem foram entregues, e postos em liberdade em 16/Out/1970, aguardando julgamento. Os oito foram julgados e absolvidos em 1971. Integrou o processo a que responderam uma declaração assinada por oficiais do DOI/II Ex, onde afirmam que esses jovens, muito jovens, 18 a 21 anos,  foram aliciados, doutrinados, retirados dos seios de suas famílias e induzidos a participarem de organizações terroristas.

Em Ago 85, Bete Mendes (ex-Rosa), Dep Fed por São Paulo, eleita em 1982 pelo PT, mas sem partido, fez parte da comitiva do Presidente José Sarney em visita ao Uruguai, mesmo não sendo da base governista e sem uma razão aparente que justificasse a sua presença. Durante a visita ocorreram dois contatos rápidos e cordiais da Deputada com o Cel Ustra.

No regresso ao Brasil, Bete Mendes encaminhou ao Presidente da República, em 17 Ago, uma carta com acusações ao Coronel, ao mesmo tempo em que a encaminhava, também, à imprensa.

Publicada com alarde por todos os meios de comunicação social (jornal, revista, rádio e televisão), o acusado foi, antecipadamente, condenado pela imprensa e pelo público. Bete Mendes tornava-se uma celebridade nacional. Em consequência, novas declarações, novas publicações na imprensa. Esta não pesquisava nem confirmava a veracidade dos fatos.

Não verificava se a acusação era pelo menos viável e confiável, o que estimulava a novas declarações, com novas publicações. Assim, o linchamento e o escândalo continuavam. O acusado, em Montevidéu, atônito, surpreso e acuado, não tinha o direito de resposta, nem era procurado pela imprensa para dar a sua versão.

Extasiada com o sucesso, Bete Mendes não parou por aí, o que tornou aparentemente mais difícil e complexa a defesa do militar. Acusou o Cel Ustra pela morte de um “amigo” a pancadas e pelos corpos que vira e que estavam na lista de desaparecidos, quando presa entre os dias 30Set e 16Out de 1970.

Não teve a precaução de verificar se ocorrera mesmo qualquer morte e/ou "desaparecimento" naquele período. Foi mais adiante. Ao jornal O Globo, de 17/08/1985, declarou que “...parentes seus foram presos e torturados”... e à revista Veja, de 21/08/1985, que “..seus paistambém foram detidos e ameaçados de tortura”. Acusações que comoviam a Nação e incitavam os mais  afoitos que clamavam por justiça.

Além desses fatos, inúmeros outros que a imprensa em geral nunca mostrou interesse em investigar, pesquisar, publicar e colocar à disposição dos seus leitores, para restabelecer, se não a verdade, pelo menos o confronto de idéias, encontram-se relatados nos livros “Rompendo o Silêncio” e “A Verdade Sufocada, a história que a esquerda não quer que o Brasil conheça”.


Publicados, respectivamente, em abr/mai 1987 e em abril de 2007, o último com mais de 600 páginas, NADA, mas NADA mesmo de seus conteúdos, com milhares de nomes, datas, fatos, locais e circunstâncias, foram, até hoje, desmentidos, contestados, questionados ou mesmo criticados por aqueles que participaram da luta armada. Tal fato os torna confiável e destrói muitos mitos criados pela esquerda mais radical, inclusive o de que Bete Mendes fora torturada. De heroína ao ostracismo um pulo.

Com a publicação do livro "Rompendo o Silêncio" em 1987, Bete Mendes se calou. Foi desmoralizada, repudiada e defenestrada pelos donos da verdade. O estrago foi grande. Não havia como consertar e muito menos contestar ou desmentir. Urgia minimizar. Bete Mendes concluiu o mandato e desapareceu por longo de circulação.

Caiu no esquecimento. Reapareceu muitos anos depois como contratada pela Rede Globo de Televisão. Mantém até hoje um silêncio absoluto, mas revelador, sobre o episódio do qual foi a maior protagonista. “Nunca mais na história deste país” esse episódio foi republicado ou apresentado uma nova versão pela responsável e  pelos meios de comunicação social. A covardia faz parte da nossa história.

A outra,Dilma Roussef, ex-Chefe da Casa Civil, ex-integrante das organizações terroristas marxistas então denominadas Comando de Libertação Nacional (COLINA) e Vanguarda Armada Revolucionária (VAR) Palmares. Que denominações!

Muito se poderia falar e escrever sobre essa ex-militante, pois ela se envolveu "profissional" e afetivamente com um ex-dirigente da VAR em São Paulo, que na época integrava o seu Comando Nacional. Isso a levava a conhecer, com alguma profundidade e muitos detalhes, a política da organização terrorista, o que lhe dava muitas vantagens comparativas sobre os militantes de base e algumas sobre os militantes de nível regional/estadual, sem participar efetivamente de ações armadas que exigiam risco.

Mas Dilma é muito mais “esperta e inteligente” que a Rosa. Talvez com ela tenha aprendido muito em 1985, pois, diferentemente dela, não faz acusações pessoais diretas e objetivas. Prefere a subjetividade para destilar o seu veneno, já que a imprensa em geral aceita com passividade, permissividade e cumplicidade o que se opõe ao 31Mar64.
 Por oportuno, acredito que o senador que a interrogou em uma CPI no Congresso em 2009, se tivesse a presença de espírito e a competência de um advogado de acusação, por certo pediria à Ministra que mostrasse, reservadamente, as sequelas das torturas físicas e psicológicas que sofreu por mais de três anos (conforme declarou), embora tenha permanecido na penitenciária por cerca de dois anos e dois meses, e que apresentasse publicamente os responsáveis, evitando as possíveis generalizações que desacreditam e desmoralizam o acusador sem acusado.

Obs 1: Se Bete Mendes fosse uma militante inteligente, se não se entusiasmasse com a repercussão de suas acusações, se não fosse estimulada por seus guias a novas declarações, por certo o Cel Ustra não responderia de forma objetiva e consistente às acusações que recebeu. 

Desmentida categoricamente no livro “Rompendo o Silêncio” desse mesmo autor, publicado em 1987, a artista caiu no ostracismo político, ideológico e artístico e, até hoje, mantém um intrigante silêncio. Há alguns anos, um “padrinho de prestígio" levou Bete Mendes a ser contratada pela rede Globo de televisão, onde participa de novelas, normalmente em papéis secundários. Neste imbróglio cabem algumas indagações: O contrato foi pelo seu talento? Julgo que não. Por saber demais? Julgo que sim.  Pra não falar?

É um mistério a ser desvendado. Conhecer o “padrinho” seria interessante, pois poderia revelar o lado obscuro e criminoso do episódio e de outras acusações dele decorrentes ou recorrentes até os dias atuais, agora melhor planejadas e acordadas. Por oportuno, seria interessante também, desvendar as razões que levaram a Globo a não designar Beth Mendes para participar de novelas durante o período da campanha eleitoral de 2010.


Julgo que o padrinho  a escondeu, durante quase todo o ano, para não polemizar e causar possíveis embaraços, mas tenho a convicção que o seu mentor é alguém de muito prestígio e poder junto à Rede Globo, pois, passadas as eleições, Bete Mendes reapareceu lépida e faceira no início de 2011 em uma novela do horário nobre da televisão, desaparecendo mais uma vez quando as articulações para a "comissão da mentira" começaram a ocorrer.  

Obs2: Quanto à Dilma, as acusações genéricas e sem alvo definido pararam, temporariamente, desde o primeiro artigo sobre tortura. Não tenho visto, lido ou ouvido, desde 2009, qualquer tipo de declaração com alguma consistência a esse respeito. Após o resultado das eleições surgiram notícias "novas requentadas" sobre o tema. 


Com convicção acredito que surgirão testemunhas dotadas de memória "prodigiosa", como a do Sr Pérsio Arida, que poderão ser contraditórias no supérfluo para justificar e dar credibilidade ao "essencial" que seja do seu interesse.  De qualquer forma, as circunstâncias mostram que a primeira encenou uma farsa, pela qual é paga regiamente para se manter calada e protegida, enquanto que a outra se associou a “companheiros” que fraudam a História para reescrever a história.


Aloísio Rodrigues dos Santos é General Reformado.


FONTE: http://www.alertatotal.net/2013/05/o-que-dilma-e-bete-mendes-jamais.html

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