Marina
Silva é uma das fortes candidatas à presidência para 2018, provavelmente alguém
com as maiores chances de levar a disputa para o segundo turno. Entretanto, não
são muitos que conhecem sua trajetória. Este dossiê apresentará alguns fatos.
- Nascida
no Acre, Marina iniciou sua carreira política como vice-coordenadora da CUT
em seu estado. Ainda na década de 1980, filiou-se ao PT e se elegeu
vereadora por Rio Branco. (Fonte)
- Já em
1990, elegeu-se deputada estadual no Acre com uma votação expressiva. Quatro
anos depois, se elegeu como Senadora, cargo foi seu até 2011, embora tenha
ficado parte do tempo afastada do Senado. (Fonte)
- Em 1º
de janeiro de 2003, foi nomeada Ministra do Meio-Ambiente pelo presidente em
exercício Luis Inácio Lula da Silva, do mesmo partido. (Fonte)
- Marina
permaneceu ao lado do PT mesmo diante do escândalo do Mensalão, e só veio a
sair em 2009, por razões completamente distintas. Em seu comunicado, afirmou
que saia do partido por conta de suas políticas que não levaram em conta a
preocupação com o "desenvolvimento sustentável." (Fonte)
- Em
2009, surgiu um movimento supostamente apartidário de cidadãos que
pediam uma candidatura de Marina Silva à presidência. Este movimento chegou a
influenciar o Partivo Verde Europeu para que este solicitasse a filiação de
Marina ao PV brasileiro. Em 2010, ela se torna candidata à presidência da
república, ficando em terceiro lugar na competição. O site do movimento, no
entanto, permanece até hoje e já não é possível encontrar mais nada sobre o
assunto nele. (Fonte)
- Desde
2011 existe um site chamado "Marina Silva Presidente", que é abertamente
controlado pela própria Marina, apesar de se dizer um movimento
supra-partidário. (Fonte)
- Em 2013
a Carta Capital publicou um artigo no qual expunha que integrantes do
Coletivo Fora do Eixo, controlador da Mídia Ninja, possuíam interesse direto na
campanha de Marina. Pablo Capilé chegou a dizer que colocaria Bruno
Torturra, seu parceiro no Coletivo, como candidato pela Rede Sustentabilidade,
o partido de Marina. Torturra afirmou claramente ser "marinista."
Vale informar que Pablo Capilé e o seu Coletivo já foram acusados, inúmeras
vezes e por vários ex-integrantes, de praticarem pressão psicológica, social e
assédio moral, por vezes até mesmo assédio sexual e trabalhos análogos à
escravidão, mas isso não impediu que Marina Silva prometesse um Ministério para
o mesmo. (Fonte 1) - (Fonte 2)
- Em
2014, durante os debates, Marina afirmou em resposta ao candidato Aécio
Neves que teria votado favorável à criação CPMF na época do governo FHC,
argumentando que "fez isso pelo bem do povo que precisa de saúde."
No entanto, isso é mentira. Ela votou contra. Por qual razão, então,
Marina teria mentido a respeito disso, apesar de dizer que o imposto seria bom
para o povo? A razão é que em 2014 o próprio PT, seu ex-partido, tentava
novamente emplacar a CPMF, o que a motivou a defender a pauta, contrariando
Aécio Neves, que na ocasião se posicionou contra. Marina teve, portanto, uma
postura favorável ao PT, seja em 1999 ou em 2014, quando já nem estava mais
no partido. (Fonte 1) - (Fonte 2) - (Fonte 3) - (Fonte 4)
- Ainda
em 2014, surgiu na internet um site chamado "Marina Silva Mente", que
tinha por intenção expor discursos mentirosos da candidata à presidência.
Antes mesmo de as eleições acontecerem, ainda em setembro, Marina entrou com
representação no TSE, exigindo a retirada do blog do ar e direito de resposta.
O relator do caso deferiu em favor de Marina. Vale ressaltar o exagero de se
usar dez (10) advogados para entrar com representação contra um blog, ainda
mais com o intuito de violar a liberdade de expressão. (Fonte 1) - (Fonte 2)
- Também
no ano de 2014, foi publicado no Diário Oficial da União o Decreto 8.243,
que pretendia criar nove conselhos, aos quais seriam submetidas políticas
públicas e obras do governo. Estes conselhos, chamados "conselhos
populares", na realidade seriam integrados não por pessoas do povo, mas
por movimentos sociais aparelhados pelo governo. Na prática, seria a
criação dos sovietes, uma tática do Partido Bolchevique de Lênin para
aparelhar sociedade e Estado, tirando atribuições do poder legislativo. É o
totalitarismo em sua essência. O sociólogo Demétrio Magnolli, o jurista
Ives Gandra Martins e o jornalista José Neumanne Pinto alertaram, na época, que
tal projeto pretendia dar poderes ilimitados ao PT, mas Marina Silva aprovou
a ideia e, inclusive, criticou o governo por não tê-la tomado antes.
Felizmente, o Congresso derrubou a proposta em outubro daquele ano. (Fonte 1) - (Fonte 2) - (Fonte 3) - (Fonte 4) - (Fonte 5) - (Fonte 6) - (Fonte 7) - (Fonte 8) - (Fonte 9)
- Em
agosto de 2015, Marina Silva concedeu entrevista à Folha de São Paulo e defendeu
o mandato de Dilma, alegando que Impeachment é "golpismo" e dizendo
que é uma tentativa de violar a democracia. Na mesma entrevista a
ex-petista defende a saída de Eduardo Cunha (PMDB), então presidente da Câmara
dos Deputados. O colunista e analista político Reinaldo Azevedo lhe deu uma boa
resposta sobre o ocorrido. (Fonte 1) - (Fonte 2)
-
Contrariando o mínimo da ética e do bom senso, poucos meses depois Marina
muda completamente de opinião, passando então a defender não só a derrubada de
Dilma, mas de toda sua chapa, incluindo então o vice-presidente Michel Temer.
Em janeiro de 2016, uma matéria publicada pela Revista Fórum apresenta uma fala
de Marina que dá a entender que a mesma sempre concordou com as acusações de
corrupção na campanha eleitoral do PT, pois ela afirma querer a cassação por
meio do TSE devido a estas irregularidades. O que não se explica, no
entanto, é a razão de ela ter, mesmo assim, defendido o PT poucos meses antes,
um bom tempo após as eleições e as acusações de corrupção eleitoral. Na
mesma matéria ela também entra em completa contradição com o que havia
afirmado meses antes para a Folha, afirmando que impeachment não é golpe por
estar previsto na constituição. (Fonte)
- Após algumas
pesquisas eleitorais que a apontam como líder na disputa eleitoral para 2018,
Marina Silva passou a defender ainda mais energicamente a ideia de cassação de
chapa por meio do TSE. A razão? Se isso chegar mesmo a acontecer até o fim
deste ano, novas eleições serão convocadas, e isso a beneficiaria diretamente.
(Fonte)
Conclusão: Marina Silva é, como tantos
políticos, uma oportunista que mal consegue esconder suas intenções. Diferente
do que prega em seu discurso, suas ações demonstram verdadeira ânsia pelo
poder. Ela é, de fato, uma socialista radical que saiu do PT apenas por achar o
partido moderado demais. Sua proximidade com radicais de esquerda como Pablo
Capilé também evidenciam isso, e seu apoio ao Decreto 8.243 é uma prova
bastante contundente. A "nova política" de Marina é na realidade uma
roupagem para a velha política de sempre e para benefício do totalitarismo de
esquerda.
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