O mundo, sendo o que é, assusta mesmo. A história das civilizações é também a história da barbárie que os homens são capazes de cometer. Quem encara essa realidade de frente jamais pode embarcar em alguma forma de otimismo redentor e ingênuo. Os mais fracos, porém, costumam abraçar bandeiras cor-de-rosa como o pacifismo, no desejo louco de crer que o mundo é um grande parque de diversões.
Combater esta visão boboca – e muito perigosa, pois amplamente disseminada nos países ricos – tem sido um dos objetivos prioritários do filósofo Luiz Felipe Pondé. O sucesso capitalista teria criado todo tipo de luxo para as elites, e o pacifismo nada mais é do que um desses luxos. Só quem não convive com a dura realidade pode se permitir certas crenças.
Pondé lembra que antes da Primeira Grande Guerra muitos ocidentais caíram nessa falácia, acreditando que a paz era inexorável tanto quanto o progresso era linear e garantido. A Europa acordou da pior forma possível. Sua coluna de hoje foi mais um tiro certeiro para despertar esses herdeiros dos “progressistas” da perigosa sonolência:
Uma das razões que me levam a criticar tanto as esquerdas é sua vocação para a mentira e a idealização (uma forma romântica de mentira) no trato com o mundo. Nesse universo de “mentiras chiques” da esquerda, fica difícil discutir, porque logo vem alguém e fala de “nós contra eles” e reduz o debate a uma assembleia de sindicato.
[…]
Vejo o mundo capitalista avançado como um parque temático de gente viciada em luxos, do iPhone aos direitos humanos. Dos movimentos sociais dos “sem isso ou sem aquilo” ao politicamente correto e sua canalhice institucional. O capitalismo não será destruído pelo que falta, mas pelo que sobra.
[…]
Um dos ideais modernos era a de um mundo globalizado pautado por direitos humanos (coisa cara como bolsa Prada), capitalismo “consciente” (outra coisa que leva riquinhas ao orgasmo), separação entre religião e Estado, igualdade dos sexos, das religiões e da raças diante da lei, e, claro, o que sustenta toda essa festa, enriquecimento crescente.
Mesmo quem não compartilha da visão mais pessimista dos conservadores pode fazer bom uso dela, como uma espécie de alerta constante que preserva a cautela. O mundo não é um parque de diversões. Ele está repleto de ameaças que os frequentadores do Central Park jamais saberiam lidar, pois acham que tudo se resolve com uma boa conversa, um chá das cinco, uma bela retórica de alguém como Obama, ou passeatas nas seguras ruas das cidades ocidentais com camisas brancas.
Doce ilusão! Como diz Pondé, “Antes que os bonzinhos de butique gritem, não se trata de festejar nada disso, mas de despertar dos delírios de ricos acostumados a um mundo virtual que não existe”. Quanto mais gente estiver consciente da realidade, melhor. Se os ocidentais preferirem dormir nas nuvens de algodão-doce criadas pelas fantasias esquerdistas, aí sua derrota será mesmo inevitável.
Rodrigo Constantino
Combater esta visão boboca – e muito perigosa, pois amplamente disseminada nos países ricos – tem sido um dos objetivos prioritários do filósofo Luiz Felipe Pondé. O sucesso capitalista teria criado todo tipo de luxo para as elites, e o pacifismo nada mais é do que um desses luxos. Só quem não convive com a dura realidade pode se permitir certas crenças.
Pondé lembra que antes da Primeira Grande Guerra muitos ocidentais caíram nessa falácia, acreditando que a paz era inexorável tanto quanto o progresso era linear e garantido. A Europa acordou da pior forma possível. Sua coluna de hoje foi mais um tiro certeiro para despertar esses herdeiros dos “progressistas” da perigosa sonolência:
Uma das razões que me levam a criticar tanto as esquerdas é sua vocação para a mentira e a idealização (uma forma romântica de mentira) no trato com o mundo. Nesse universo de “mentiras chiques” da esquerda, fica difícil discutir, porque logo vem alguém e fala de “nós contra eles” e reduz o debate a uma assembleia de sindicato.
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Vejo o mundo capitalista avançado como um parque temático de gente viciada em luxos, do iPhone aos direitos humanos. Dos movimentos sociais dos “sem isso ou sem aquilo” ao politicamente correto e sua canalhice institucional. O capitalismo não será destruído pelo que falta, mas pelo que sobra.
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Um dos ideais modernos era a de um mundo globalizado pautado por direitos humanos (coisa cara como bolsa Prada), capitalismo “consciente” (outra coisa que leva riquinhas ao orgasmo), separação entre religião e Estado, igualdade dos sexos, das religiões e da raças diante da lei, e, claro, o que sustenta toda essa festa, enriquecimento crescente.
Mesmo quem não compartilha da visão mais pessimista dos conservadores pode fazer bom uso dela, como uma espécie de alerta constante que preserva a cautela. O mundo não é um parque de diversões. Ele está repleto de ameaças que os frequentadores do Central Park jamais saberiam lidar, pois acham que tudo se resolve com uma boa conversa, um chá das cinco, uma bela retórica de alguém como Obama, ou passeatas nas seguras ruas das cidades ocidentais com camisas brancas.
Doce ilusão! Como diz Pondé, “Antes que os bonzinhos de butique gritem, não se trata de festejar nada disso, mas de despertar dos delírios de ricos acostumados a um mundo virtual que não existe”. Quanto mais gente estiver consciente da realidade, melhor. Se os ocidentais preferirem dormir nas nuvens de algodão-doce criadas pelas fantasias esquerdistas, aí sua derrota será mesmo inevitável.
Rodrigo Constantino
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