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quarta-feira, 4 de março de 2015

Eu não quero viver em outro país. Eu quero viver em outro Brasil

Wandell Seixas ,Especial para Opinião Pública

Tudo indica que esteja surgindo um novo líder político no Brasil. Se a primeira impressão é a que fica, o seu primeiro pronunciamento na condição de deputado estadual repercute em todo o país. A jovem promessa leva o nome de Marcel van Hattem, das fileiras do Partido Progressista do Rio Grande do Sul.

Ganhando bagagem acadêmica em países europeus, foi categórico ao dizer uma frase que ecoa pelo Brasil afora. Muitos achando que o Brasil “não tem mais jeito e prefe-  rem ir embora”, o “guri” deputado refutou de forma marcante: “Eu não quero viver em outro país. Eu quero viver em outro Brasil.” Nos tempos do presidente Médici, o “Ame ou Deixe-o”, o slogan pegou mal, embora fosse um recado aos esquerdistas radicais, naturalmente contrários ao regime militar.

O Rio Grande do Sul, que fez a Revolução Farroupilha, já deu Ge- túlio Vargas, Leonel Brizola e Pedro Simon, parece sugerir uma nova liderança política ao Brasil. Em seu primeiro pronunciamento, Marcel van Hattem deu lição de maturidade e de profunda sensibilidade aos reclamos nacionais, embora esses temas não constituam nada de novo. A frase, no entanto, mexeu.

Em seu discurso, apontou os tempos sombrios, como a crise política, econômica e, sobretudo moral, mas vislumbra possibilidades com um “basta” ao atual governo. O resgate da credibilidade dos políticos faz parte de suas preocupações, mas deixou claro que esses esforços devem ser de toda a sociedade. “Sozinho, por máxima vontade que tenho, não dou conta”, manifestou em seu discurso de posse na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.

Já na participação diária dos seus trabalhos legislativos, Marcel conclama a população brasileira, e à gaúcha em particular, a participar da manifestação pública prevista para o próximo dia 15. O jovem parlamentar diz que o marxismo não deu certo em nenhum país do mundo. E mesclado com a corrupção, como acontece no país, agrava ainda mais a situação e a própria democracia agoniza. Se há uma crise moral e política insustentável, a crise econômica reduz o poder de compra de todos e afeta mais ainda os assalariados. Principalmente os que ganham salário mínimo.

O excesso de burocracia torna o Brasil um elefante inchado, sem movimento. A burocracia é causa de corrupção. Um processo não anda e provoca prejuízos ao cidadão, toma-lhe uma “graxinha”. E assim vai se realimentando. No País, criam-se dezenas de partidos, totalmente desconhecidos do público, para favorecer o governo e por ele ser favorecido. É uma vergonha, para lembrar o famoso bordão do Boris Casoy.

A mentira, repetida dezenas de vezes, torna-se verdadeira, inspiração posta em prática por Lênin na União Soviética e por Hitler no regime nazista na Alemanha. Esse é o método hediondo do PT que se prostituiu. Na última campanha   eleitoral, a Dilma mentiu descaradamente, além das promessas vãs. Iludiu mais uma vez o eleitor brasi-leiro. Agora, toma tapa na cara.

A impunidade foi levantada com muita clareza pelo deputado gaúcho, o que de resto os brasileiros sentem na própria pele. O cidadão de bem se refugia na sua casa enquanto o bandido fica à solta nas ruas, praticando seus crimes. E os bandidos – mor estão incrustados em palácios ou sofisticados escritórios das empreiteiras e similares, zombando dos brasileiros.

A privatização, tão criticada pelo governo petista, foi altamente positiva. Companhias que foram privatizadas como a Vale e a Embraer, para se restringir as duas, hoje tão lucros e nem por isso deixaram de ser orgulhos nacionais. Deixaram de ser cabides de empregos, de contribuir para o enriquecimento ilícito de pelegos e dos sem-vergonha. Deixaram, enfim, de ser ninhos de ratos. Não precisamos se delongar muito. Esse “povinho” critica tanto as privatizações no governo de Fernando Henrique Cardoso, o FHC, porque o queijo foi tirado das mãos deles. Agora, felizmente, são empresas saudáveis. Geram e mantêm empregos, impostos e crescem num “vôo de brigadeiro”.

O custo Brasil impede o aumento da produtividade. A carga tributária sobe de maneira implacável, tendo saltado de 25% do PIB em meados de 1980 para 37% em 2013. Os dados são da OCDE. A logística de transporte é outra aberração. Quase totalidade das mercadorias é feita em caminhões. A ferrovia não sai dos trilhos e é hidrovia é pouca estimulada, exceto por empresas nacionais e internacionais. O mesmo se repete com os terminais ma-rítimos e fluviais.

Mas é o mais dói mesmo na alma dos brasileiros, que gradual e rapidamente perde a sua auto-estima, é a crise moral. Esta é dege-nerativa sobre todas as demais crises, como a econômica e a educacional. Por isso, um sangue novo faz com que renasçam as esperanças nacionais.

(Wandell Seixas é jornalista voltado para o agro, autor do livro O Agronegócio passa pelo Centro-Oeste, bacharel em Direito e Economia pela PUC-Goiás, ex-bolsista da Histradut, em Tel Aviv, Israel)
FONTE: Opinião Pública

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