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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

A democracia relativa do marinismo



A democracia relativa do marinismo
Nos estertores do regime militar nos anos 80 os artistas saíram às ruas, junto com quase todo mundo, exigir eleições diretas e uma democracia efetiva. Conseguiram. Mas a democracia é um regime chato. Eu não gosto do PT, mas aceito a eleição de petistas por 3 mandatos seguidos. Lutarei com todas as forças para que possamos eleger nossos representantes, mesmo quando esses representantes não são, sob meu julgamento, bons representantes.

Mas ambientalista e um bicho diferente, superior, onisciente, sacro. Ele luta pela salvação do planeta e acha que essa é uma luta nobre o suficiente para que suas posições devam prevalecer sempre. Sempre que a opinião dos verdes perde no voto, os ambientalistas saem dizendo que a democracia não serve.

O dono do Greenpeace na Amazônia, o ativista Paulo Adário, disse em um seminário na semana passada que a presidente Dilma deveria resolver o problema do Código Floresta com um decreto-lei imposto pelo legislativo e sem que o Congresso apreciasse. O Código Florestal vigente, que o Greenpeace adora, é assim: uma medida provisória do executivo que jamais foi apreciada pelo Congresso. É essa a Democracia que o Greenapeace quer para o Brasil.

Outro ambientalista, o Roberto Smeraldi, dono da franquia brasileira da ONG americana Firends of the Earth, encomendou - e pagou - uma pesquisa de opinião completamente viesada e usou o resultado comprado para dizer que a decisão do Congresso Nacional em relação à modernização do Código Florestal foi ilegítima pois, segundo sua pesquisa, o povo pensa diferente.

Também Dona Marina Silva anda questionando a democracia. Marina empresta sua imagem de Madre Tereza da religião ambiental a uma campanha para que o brasileiro urbano bem alimentado e que desconhece os dramas do campo exija que a Presidente Dilma vete o texto de reforma do Código Florestal aprovado no Congresso.

Já seria absurdo suficiente, mas ambientalista é um bicho que surpreende. O Estadão publicou hoje uma entrevista com a atriz e militonta ambiental Christiane Torloni onde ela fala da sua nova personagem na próxima novela das oito. Lá pelas tantas a repórter pergunta: "Naquela época, a classe artística parecia bastante engajada. Acha que os artistas deixaram de se manifestar?" Veja a responta da militonta: "Acho que a classe artística tem feito grandes coisas. Naquele momento, ela foi importantíssima porque abriu espaço para os políticos que estavam sem fala há 20 e tantos anos. Nós, artistas, tínhamos a palavra, e passamos o bastão. O problema é como essa fala está sendo usada hoje. A democracia está sendo vencida pela democracia. O que a gente viu na votação do Código Florestal parece democracia, mas não é."

Carlos Minc, Cristiane Torloni entregando ao ex presidente Lula um
manifesto exigido a preservação de um bom quintal para os paulistas
Entenderam? Para fundamentalista ambiental democracia só é democracia quando a santa posição deles vence, quando perde democracia não é democracia. Se eu fosse o repórter teria emendado na hora: E o que é então? Tenho curiosidade para ver qual seria a resposta da militonta.
FONTE http://www.codigoflorestal.com/

Um comentário:

Lisa disse...

"Lutarei com todas as forças para que possamos eleger nossos representantes, mesmo quando esses representantes não são, sob meu julgamento, bons representantes."

Não consigo entender isto. Por mais que se odeie um partido não se justifica um ato destes.

Os anti-petistas parecem os torcedores do inter/RS. Preferem que um time de qualquer estado, mesmo não sendo do Rio Grande do Sul, ganhe o campeonato brasileiro do que o Grêmio. Isto não é amar o Rio Grande do Sul é odiar o Grêmio.
Votar em maus representantes para não votar em representantes do PT não é amar o Brasil e sim odiar o PT.

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