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quarta-feira, 9 de março de 2011

PAC, programa de aceleração da criminalidade




Ministro não deve fazer quase comercial para Instituto Sangari

Irapuan Costa Junior
irapuan.junior@uol.com.br


No dia 24 de fevereiro, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (PT), promoveu uma reunião com a imprensa para apresentar um documento chamado Mapa da Violência, elaborado, segundo as notícias, por um sociólogo de nome difícil, e de quem nunca se ouviu falar, Julio Jacobo Waiselfisz, para uma ONG, cujo nome, Instituto Sangari, ao contrário, estava naquele mesmo dia, em muita evidência em Brasília. Terminou o ministro por anunciar, enfaticamente, uma nova campanha de desarmamento, voltada exatamente para quem não vai cometer crimes nem ameaçar a sociedade: quem tem armas legalizadas.

Vamos às verdades: 1) Não fica bem, para um ministro da Justiça, fazer um quase comercial para uma empresa — o Instituto Sangari — que no mesmo dia era alvo das mais sérias denúncias, reveladas pelo jornalista Cláudio Humberto, e comprovadas pelo governo do Distrito Federal, que lhe cancelou um suspeitíssimo convênio assinado no governo Arruda. Com o agravante de estar sob investigação na operação da Polícia Federal chamada Caixa de Pandora. Junto ao ministro, estava um dos “donos” da ONG, Jorge Werthein, um argentino que já foi representante da Unesco no Brasil, e metido em outras operações suspeitas, mesmo quando detinha o status de diplomata.

Em 2005, Werthein escapou de uma ação de um bravo procurador federal, José Alfredo de Paula, escondendo-se atrás de seu passaporte vermelho. Mas deixou um buraco de R$ 77 milhões no INSS, vítima de um também incrível convênio “cavado” por Werthein com o Instituto. O procurador tentou em vão obrigá-lo a ressarcir o Tesouro. Em 2007, outro convênio, este com a Prefeitura de Goiânia, também assinado com a Unesco de Werthein, chamou a atenção do Tribunal de Contas dos Municípios de Goiás, que o rejeitou pelos absurdos ali contidos, e pelos indícios de corrupção. Como se vê, o moço não é flor que se cheire, sr. Ministro, e sua assessoria deveria ter prevenido de que não fica bem para uma alta autoridade federal compartilhar com ele solenidades que se pretendem importantes. Pela ordem natural das coisas, Werthein deveria estar assinando seus convênios na Argentina. Mas talvez a Justiça lá seja um pouco mais exigente que a do Brasil. Ou as pessoas sejam menos crédulas.

2) Um ministro da Justiça deve ser veraz, ao fazer de público algum anúncio. Ao afirmar que “uma população armada é uma população violenta”, o ministro lança uma acusação falsa contra a sociedade brasileira que tem suas armas legais — seu alvo inequívoco — e que nada tem a ver com a violência. Além de ser desmentido pelos fatos. A Suíça, talvez o país mais armado do mundo, é também um dos mais pacatos — e acaba de rejeitar, por plebiscito, o desarmamento. Há no Brasil uma população armada, e que é violenta, mas não é a ela que o ministro quer se referir: a dos traficantes e assaltantes, contra os quais nada ou muito pouco se tem feito, quer para desarmá-los e trancafiá-los, quer para impedir que as armas de grosso calibre cheguem até eles pelo contrabando. Não se pode aceitar, também, o que diz o senhor ministro quando pontifica: “Se alguém tinha alguma dúvida de que a política de desarmamento tinha resultados, os números mostram isso de forma clara”. Os números mostram o contrário. Onde mais se desarmou, mais cresceu a violência. Ela caiu em São Paulo, graças a um intenso trabalho de valorização policial e uma política de prender criminosos, e tanto quanto possível, mantê-los presos (a porcentagem de presos em São Paulo é próxima do dobro da brasileira).

O chamado Estatuto do Desarmamento, apresentado como uma panaceia pelos adeptos do acovardamento dos honestos, e só deles, mostrou-se contraproducente, com a criminalidade aumentando desde sua aprovação, exceto, repito, em São Paulo. E foi rejeitado pela população no referendo de 2005. Ao tentar desarmar quem presta, o sr. ministro favorece o criminoso, por torná-lo mais confiante na falta de reação, atende os retrógrados que defendem o Estado tirano e a população subserviente, e dá alento aos estrangeiros que não nos querem capazes de defesa. Além de professar um enorme desrespeito pela vontade popular. A presidente, que deu ao ministro o emprego, foi eleita com 56% dos votos. Votaram contra o desarmamento 64% dos brasileiros.

População armada é população violenta! A afirmação do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, é desmentida pelos fatos. Espero que alguém mostre o quadro ao lado a ele.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Muito bom...

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