fonte: http://blogdoambientalismo.com/
Postado por Husc em 30 julho, 2011
Este Editorial da Revista Magnum refere-se às consequências políticas decorrentes da chamada “chacina de Realengo”, ocorrida em 07/04/2011, na Escola Municipal Tasso da Silveira, no bairro de Realengo, Zona Oeste do Rio de Janeiro, quando 12 crianças, entre 12 e 14 nos, foram mortas por um ex-aluno, um desequilibrado mental, de 23 anos, Wellington Menezes de Oliveira. Além das vítimas fatais, outras 11 crianças tiveram de ser internadas com ferimentos à bala. Cercado por PMs, ele se matou com um tiro na cabeça – segundo a polícia.
O encerramento do massacre foi executado graças à intervenção dos nossos bravos soldados da PM. Parabéns a eles, que tanto lutam e são tão criticados pela mídia.
Como não podia deixar de ser, logo em seguida, inúmeras pessoas e entidades – dentre as quais, obviamente, a ONG Viva Rio, que não poderia perder essa oportunidade… – na mídia, começaram a colocar a culpa da tragédia nas armas de fogo, como se aquelas usadas pelo assassino tivessem vontade própria e, independentemente do criminoso, tivessem tomado a iniciativa de matar as crianças, ou, quem sabe, de tê-lo forçado a cometer os assassinatos.
Esse tipo de conclusão é comum por parte dos antiarmas, principalmente quando um acontecimento desse calibre ocorre, abalando, emocionalmente, a população, o que é compreensível. O que não é compreensível, nem aceitável, é que essas pessoas utilizem o estado de fragilidade em que se encontra o povo em função da tragédia, para tentar sensibilizar a opinião pública para a já conhecida lenga-lenga do desarmamento do cidadão civil. Como se – se isso fosse possível – os crimes e chacinas, assim como os assassinatos em série, pudessem ser evitados pelo simples fato de não existir armas de fogo disponíveis no mercado – no mercado comum, legalizado, entenda-se bem.
Sim, porque sempre existirá o mercado negro de armas de fogo, sempre existirá o tráfico internacional de armas etc, de modo que, se um cidadão comum resolver matar uma ou mais pessoas, escolhendo a arma de fogo para executar a tarefa, ele, certamente, procurará o mercado clandestino de armas para adquirir uma, mesmo se houvesse lojas disponíveis. Ou então, escolheria um facão, um machado, um taco de beisebol, ou mesmo um cordão de naylon… Sabe-se, hoje, que as armas usadas na chacina de Realengo eram, obviamente, de origem irregular.
Devemos lembrar, na oportunidade, que tirar a possibilidade do cidadão comum de comprar uma arma, seja para defesa pessoal, para fins esportivos etc, como se essas armas fossem as responsáveis pela criminalidade, é o mesmo que culpar o cidadão comum pela criminalidade. Considero essa visão e essa afirmativa como uma ofensa ao cidadão comum e uma ofensa, um deboche, em relação à inteligência da sociedade como um todo, visto que todo mundo sabe que bandido não compra arma de fogo em loja, não utiliza os calibres disponíveis ao cidadão comum, e que são os marginais, e não os cidadãos comuns, os culpados pela criminalidade.
É oportuno ressaltar também que o desarmamento da população civil é uma das primeiras iniciativas dos ditadores (como observam abaixo os editores da Magnum), para evitar possíveis reações populares contra seus regimes de governos totalitátios. Hitler, por exemplo, quando quis eliminar os judeus, a primeira coisa que fez foi proibi-los de ter armas de fogo, a fim de que os mesmos não tivesem condições de reagir ou de se defender… Stalin, Franco, Saddan Hussein e até mesmo nosso ditadorzinho Vargas (que reservou uma para si mesmo), fizeram a mesma coisa. Isso torna a iniciativa de desarmar o homem comum um fato, no mínimo, suspeito.
Em seguida, o texto do Editorial da revista Magnum.
Assim como na propaganda de um preparado para bebida láctea bem conhecido, «há mil maneiras de se fazer um Editorial como este» – mas resolvemos começar pelo incrível desrespeito à opinião popular, ou seja, simplesmente sugerir que se faça um novo referendo (ou plebiscito) quanto à questão das armas de fogo.
Dentro de tal linha de pensamento, pode-se intuir que, daqui para frente, sempre que um resultado obtido nas urnas não agradar o govemo, far-se-á outro e pronto! Humm … isso não só “cheira” a uma malévola intervenção mas também é, escancaradamente, uma maneira de se rasgar a Constituição Federal. Uma vez desrespeitada a vontade do Povo, o que impede quaisquer governantes de repetir a dose sempre que Ihes for conveniente?
Assim, já extrapolamos a questão das armas e passamos para uma atitude de imposição que passa bem longe do conceito de democracia…
Recomecemos este Editorial – agora em linha bem diferente, mas igualmente válida: partindo-se do estranho princípio de que essa blitz antiarmas arraigada, surgida em tempos de comoção popular, teria por fim “legítimo” colocar um basta à criminalidade (algo de há muito provado como sendo exatamente contrário ao cenário que tentam nos impingir), há vários fatores a considerar. Vejamos:
➊ É claro que o Governo tem consciência de que os “maus” continuarão a possuir armas (precisamos informar que se tratava, na chacina de Realengo, de armamento não legalizado?). Ou alguém ainda crê que bandidos compram tal material em lojas e se submetem à enorme quantidade de exigências necessárias para se adquirir uma arma de fogo? Inúmeras certidões de idoneidade, teste psicotécnico, comprovação de residência fixa e de emprego regular etc, são documentos necessários – isto para citar somente o básico, ou seja, para o Registro de uma arma de fogo. Nem chegaremos à questão do Porte legal. Conclusão: as armas eram ilícitas.
➋ Alguns políticos (vivandeiras e viúvas do referendo) sempre se aproveitam de um momento de desconforto geral para voltar à velha ladainha de que a raiz de todos os males está nas armas de fogo e, desse modo, fazem papel de “bonzinhos’, de “politicamente corretos” – e de estarem “do lado do povo”. Desse modo, buscam, basicamente, angariar os votos daqueles muitos que pouco entendem da situação que Ihes é apresentada e acabam caindo em tal esparrela.
➌ Será que já passou pelas cabeças desses mesmos políticos analisar o fato como caso isolado e tentar – ao menos tentar – estudar o perfil do assassino responsável pela tragédia? Acreditamos que sim, mas de nada valeu tal conhecimento, já que é sabido que se tratava de elemento com problemas mentais (problemas esses que nunca permitiriam – de acordo com a repressiva legislação vigente – que ele viesse a possuir uma arma de fogo comprada em loja) e que adquiriu as armas que usou na matança de forma irregular. Claro! Nenhum revendedor estabelecido iria privilegiar um indivíduo desse tipo como um legítimo candidato a adquirir as armas.
➍ Sem dúvida, ninguém em sã consciência pugnaria por uma sociedade totalmente armada se não houvesse necessidade. No entanto, frente à ausência do Poder Público para proporcionar proteção aos cidadãos – ausência essa que fatalmente desemboca no aumento da criminalidade – nada mais natural do que, nós mesmos, cidadãos comuns, busquemos meios para nossa defesa e de outrem (como reza o Código Penal Brasileiro e nossa Carta Magna). Curiosamente, muitos daqueles que batalham pelo desarmamento das pessoas de bem só se deslocam sob escolta… armada!
➎ Quando é que as autoridades irão atrás dos verdadeiros criminosos, dos ilegais, visando a medida exemplar de desarmar os bandidos? Assim, depreendemos que um possível desarmamento iria atingir apenas “os mesmos” – os cidadãos de bem. Ou estaríamos nos referindo a uma total utopia, onde ninguém teria armas de fogo? Acreditem: houve até quem sugerisse desarmar não só o cidadão comum, mas também as polícias e forças armadas!
➏ Exemplos plenamente conhecidos, referentes a outros países, bem informam que as nações mais armadas são, justamente, as que apresentam menores índices de criminalidade – sem inverdades nem falsas estatísticas como aquelas geralmente apresentadas pelos desarmamentistas de plantão. E o reverso da medalha ainda fornece muitos exemplos históricos de vários governos totalitários que começaram por desarmar suas populações.
➐ E, de modo estranho (não para o staff da Magnum e nem para aqueles os quais, como nós, pensam com seriedade), os crimes cometidos com a utilização de facas, paus, porretes, pedras, arames, machados, zagaias e machetes não recebem da mídia a mesma atenção que é dada àqueles nos quais uma arma de fogo foi empregada. Lembramos, ainda, que o ataque às crianças da escola somente cessou depois que a polícia chegou e “resolveu” a questão, ou seja – a ação começou e acabou pela arma de fogo.
➑ Tal informação nos leva ainda a um fato pouco discutido: se houvesse uma segurança armada naquele estabelecimento estudantil, o assassino seria parado logo ao começar sua ação nefanda e muitas vidas seriam preservadas. Ou, melhor: se ele soubesse que haveria a citada segurança, ele nem iria lá praticar os crimes (ele pode ter sido louco, mas burro não era, já que planejou tudo em detalhes…).
➒ E, como volta e meia os noticiários são invadidos por notícias referentes a doentes mentais (como o que cometeu a barbaridade no Rio de Janeiro), os quais praticam atos não aceitos pela sociedade (exemplos: manter esposa e filhos em cativeiro, cometer abusos físicos em incapazes, provocar brigas em público, ameaçar outras pessoas, ter explosões insanas de ciúme etc), por que não utilizar o dinheiro que seria gasto em outro referendo para construir clínicas para pacientes psiquiátricos? Tente o leitor buscar por uma vaga em uma Instituição governamental voltada para tal propósito e verá como é difícil!
Desse modo seria respeitada a opinião do povo brasileiro – já expressa com muita clareza nas urnas – e, ao mesmo tempo, cuidar-se-ia justamente das pessoas que cometem tais aberrações, dando a elas o apoio psiquiátrico/psicológico de que tanto necessitam. Quem sabe se assim teríamos uma efetiva diminuição desses tipos de crimes!
Com a palavra o leitor!
Créditos: esta matéria é o Editorial da Revista Magnum, de nº 112, Ano 18, editada por Sicurezza Editora Ltda.
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Um comentário:
Meu amigo, só tenho a agradecer e parabenizar pelo seu blog. Criei um blog mas o seu é exatamente o que eu esperava do meu, o seu é completíssimo, parabéns mesmo. Graças a Deus as pessoas estão abrindo suas mentes, a grande maioria ja percebeu que a monstruosidade das armas de fogo são apenas um mito em beneficio a este governo comunista.
Tenho fé de que este país vai melhorar, você não esta sozinho nesta luta eu e milhões de brasileiros honestos estamos juntos nesta batalha!
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